sexta-feira, 17 de julho de 2009

Gabriel Bicalho lança "Lírios Possíveis - livro de poesias aldravistas

Gabriel autogra livro para o Presidente da Ruralminas, Celso Cota
Gabriel Bicalho autografa Lírios Possíveis

Dona Ana de Assis Coelho, Dr. Salvador Ferrari e Andreia Donadon Leal


Convidados no lançamento - Restaurante Lua Cheia


Leitura Dramática do livro "Lírios Possíveis"


Declamação de J.B. Donadon-Leal



Dr. Salvador Ferrari declama suas poesias



Dona Hebe Rôla declama



Membro da ALEPON declama



Gabriel Bicalho e presença luxuosa da ex-primeira dama: Cristina Cota


Anício Chaves declama


Dr. Salvador Ferrari e Celso Cota



J.S.Ferreira declama seus versos



Donadon e Andreia cantam e declamam



Convidados



Declamação e música


No dia 16 de julho de 2009, no 313° aniversário da Primaz de Minas, o Presidente do Jornal Aldrava Cultural e Membro Efetivo da Academia de Letras do Brasil-Mariana-MG, Gabriel Bicalho, lança o livro de poesias aldravistas "Lírios Possíveis", no Restaurante Lua Cheia, na programação literária do Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana- 2009. O lançamento foi organizado pela Academia de Letras do Brasil-Mariana-MG e Associação Aldrava Letras e Artes. Estiveram presentes os membros da Academia de Letras de Ponte Nova (ALEPON- Presidente Kleber Rocha); poeta da cidade de Curvelo, Afonso Baião; membros do Rotary Clube; Ana de Assis Coelho (dona Zizinha); presença ilustre e participação no sarau dos ex-prefeitos de Mariana: Dr. Salvador Ferrari e Celso Cota; membros efetivos da ALB-MA, Cacá Drummond, Anício Chaves, Andreia Donadon Leal, J.S.Ferreira, J.B. Donadon-Leal, Hebe Maria Rôla; professores, amantes de poesia; os vereadores da Câmara de Mariana, o professor Reginaldo e Aída Anacleto, também prestigiaram o recital lítero-musical e lançamento do livro.


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Trecho do Prefácio
Que é experimentar extremos? Que é desafiar limites? Que é garimpar lirismo em campo de guerra?A poesia permite a experimentação de todos os extremos, desafios a todos os limites e passeio por terrenos inóspitos. A idéia extrema de poeticidade toma corpo na coleção de coleções poéticas que formam lírios possíveis. Trata-se da instabilidade desejável da noção de lirismo, um esvaziamento da doçura a caminho da plenitude da significação, cujas potencialidades de sentido são jogadas para a recepção do belo no feio. Os lírios possíveis são lirismos encontrados em terrenos inabitáveis. O que atribui poeticidade à palavra é o seu lugar, não a sua doçura. No verso, a sujeira, o sangue e a podridão tornam-se termos poéticos e, combinados no conjunto, soam suaves e se fazem capazes de arrancar lágrimas dos leitores.Gabriel Bicalho transpõe em seus poemas aldravistas a versão mais completa da arte conceitual, em que os valores tradicionais da poeticidade caem por terra, tornam-se flocos de adubo e alimentam o canteiro onde brotam lirismo, onde antes a semeadura era impossível, metonimicamente, lírio a lírio. Aliás, lírio é metonímia e não corruptela de lirismo. Lírio é a parte possível do lirismo na brota impossível, flor sobre rocha, sobre asfalto, na baixeza da pornografia. O conceito bíblico de terra boa para o plantio é desmistificado, pois lírios possíveis brotam em terreno arenoso e em terreno pedregoso. Essa provocação extrema afeta a recepção de um conjunto de possibilidades conceituais, que assumindo um caráter objetivamente semiológico, talha poemas como obra de arte, e faz aflorar lirismo das pedras. Como se traduz essa aridez fértil?



a realidade é uma lâmina

retalhando possibilidades


de sonho

Esse terreno árido arado ao longo dos seis ramalhetes de lírios possíveis não trata de uma realidade jogada ao acaso em versos, mas de uma apropriação autorizada pela arte das representações coletivas, recortadas pela percepção estética de um exímio domador de palavras e conceitos. É possível concordar com a teoria estética de Adorno, em que é preciso encontrar espaço crítico para a negação das condições materiais da vida social, e esse espaço acha-se privilegiado na arte que corajosamente enfrenta a massificação:


ah! meus irmãos sombrios!
que buscais no concreto
e intransponível horizonte?



Os lírios se compõem inteiramente num objeto estético provocado e provocador, desde a lavratura específica de cada verso composto até a disposição gráfica na composição do livro como arte visual, numa diagramação impecável torneada pelo próprio poeta. (...)
J. B. Donadon-Leal - Mariana, 10 de março de 2009

PEDIDOS através do e-mail: deiadonadon@yahoo.com.br
Preço: 20,00


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