segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

ACADEMIA DE LETRAS DO BRASIL-MARIANA APRESENTA - Francirene Gripp de Oliveira

Francirene Gripp de Oliveira

CADEIRA N° 16: Francirene Gripp de Oliveira (FRANCE GRIPP)
NOME DO PATRONO: José Bento Renato Monteiro Lobato





Nasceu em Governador Valadares, MG, e sua infância foi marcada pela literatura. Desde este encantamento, de palavra em palavra, a poesia tornou-se uma constante. Assim, ser um profissional das Letras parece-lhe, hoje, natural. Reside em Belo Horizonte desde 1989, onde cursou o mestrado em Teoria Literária (UFMG). Atualmente leciona Língua Portuguesa e Produção de Textos na PUC Minas. É grata mãe de 4 filhos e avó de 4 netos, embora permaneça solteira...
Publicou os livros: “Eu que me destilo” (1994) e “Vinte Lições” (Dimensão, 1998). Como resultado de premiações, teve publicações nas coletâneas: “A arte do professor e Palavra de Mestre”, (SINPRO/MG), nas edições de 1996/1997/1999, e tornou-se letrista das composições musicais de Basti de Matos: CD “Luanaluz”.
Participou da coleção de língua portuguesa “Tudo da trama/tudo dá trama” (Dimensão, 2000), com o conto “Ofertas de Natal IV - Estrela Vênus”. Obteve o 2° lugar no “4º Concurso Internacional Mulheres Emergentes” (2002). Outros trabalhos foram publicados em: “Saboreando palavras” (SESC/MG, 2006), “Terças Poéticas jardins internos” (2006), “Antologia ME 18/Mulheres Emergentes” (2007) e “Antologia Poesia do Brasil” (RGS, 2008), assim como no Jornal Aldrava (Mariana, MG) e na revista literária virtual Germina Literatura (2009).






DO MEDO

Esse tempo, hoje, esse tempo
essa face
claramente escura dos desejos
esse espaço, este espaço
transitado de metáforas
se repete, se repete, se repete
O medo
narrativa sem descanso, sem descanso
em remoinho em rumorejos
em sobrevôo em sobre nadas
O medo, o medo
Atravessa
esse outro eu à lâmina, à punhalada
esse lugar, este lugar
o coração cruento
o coração cruento, coletivo e solitário
este tempo
de todos os possíveis
cara a cara, com o medo.



***

AMARELO AMOR

O sol na planície lança chamas
ao coração incendiário.

Guia o olhar, a luz da paisagem
que em pó e ouro
de nuvens levantadas,
encobre a rebelião.

Entre arvoredos, encontra um veio
o amarelo amor,
subterrânea força
de passagem.

Queima-se a memória.

Insólito e bruto diamante
ao fim resulta
dourado de paixão.

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