quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

ACADEMIA DE LETRAS DO BRASIL-MARIANA apresenta: Monsenhor Flávio Carneiro Rodrigues

Monsenhor Flávio Carneiro Rodrigues

CADEIRA N° 20: MONSENHOR FLÁVIO CARNEIRO RODRIGUES
PATRONO: DOM OSCAR DE OLIVEIRA







MONSENHOR FLÁVIO CARNEIRO RODRIGUES nasceu no dia 15 de fevereiro de 1932, na cidade mineira de São João Del Rei. Licenciado em História, em Letras, em Filosofia, em Teologia e em Pedagogia. Fez o curso Intensivo de Aperfeiçoamento no Magistério de Língua Portuguesa; curso de extensão em Língua Portuguesa pela UFMG; curso de Extensão Universitária/Psicologia Experimental e Personalidade/Faculdade Dom Bosco; Curso de Estudos e Problemas Brasileiros – UFMG (FAFIM). Foi aprovado em concursos para provimento de Cadeira e Aulas extranumerárias em escolas estaduais. Há 20 anos é Diretor do Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana (desde 1989). Exerceu os cursos de Grego/Latim/Língua Portuguesa e Etimologia no Instituto de Ciências Humanas e Sociais – UFOP por 19 anos. Ministrou aulas de Língua Portuguesa e de História na Escola Estadual Dom Silvério em Mariana por 20 anos. Foi Orientador Educacional na Escola Estadual Dom Silvério por 05 anos. Lecionou Grego/Latim/Língua Portuguesa no Seminário Nossa Senhora Assunção - Mariana por 38 anos. Foi Diretor do Museu de Arte Sacra da Arquidiocese por 23 anos. Foi Diretor do Museu da Música em Mariana por 15 anos. Foi Diretor do Museu do Livro em Mariana por 20 anos. Membro Correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais e Membro da Academia Sãojoanense de Letras (São João Del Rei).
Trabalhos publicados: “O Copiador de D. Frei Manoel da Cruz (2008); As visitas Pastorais no séc. XVIII no Bispado de Mariana (1998); Segunda Coletânea das Visitas Pastorais (2000); Relatórios Decenais dos Bispos de Mariana (2005); Os Dois Relatórios Decenais de Dom Viçoso (2006); Etimologia, Ciência Esquecida (1989); Hylemorfismo Aristotélico, repensado por Sto. Tomás; O Semeador (artigo na Revista Rua Direita/1976); Annus Qui – Leitura e Tradução Portuguesa da Encíclica de Bento XIV, de 1749.





MODELO DE VIRTUDE SACERDOTAL – Pe. JOSÉ DIAS AVELAR, CM
Monsenhor Flávio Carneiro Rodrigues – Diretor do Arquivo Eclesiástico – Arquidiocese de Mariana


Texto fragmentado publicado no Jornal arquidiocesano Pastoral – Novembro 2009-

“... O Jornal arquidiocesano PASTORAL, em cada um de seus números no decurso do ano, se propôs evocar a figura de padres exemplares do Clero marianense, com o duplo objetivo de homenagear a memória respeitável de padres piedosos e estimular os remanescentes a sua imitação.
Hoje ilustra esta lista o saudoso nome do sacerdote lazarista Padre José Dias Avelar. Nascido em 1898 em Lagoa Santa que então integrava o território do Arcebispado de Mariana. Estudou no Caraça, Petrópolis e em Dax (França) onde se ordenou em 1922. E viveu intensamente sessenta e nove anos de fecundo e santo sacerdócio. Deixou bênçãos memoráveis e muitas saudades pelos lugares onde exerceu seus ministérios: Petrópolis, Diamantina e Mariana. Mas os Seminários e a Cidade de Mariana tiveram o privilégio de sua dedicação sacerdotal por maior tempo, quarenta e cinco anos. Era dono de uma opulenta cultura, tendo sido professor de Sagrada Escritura, Hebraico, Grego, Ascética e Mística, Psicologia, Pedagogia Catequética, Canto Gregoriano, Álgebra. Mas não foi tanto como professor que ele se tornou um benfeitor insigne do Seminário, muito mais fez como Diretor Espiritual dos seminaristas maiores, durante vinte anos. As gerações de sacerdotes que lucraram sua prudente orientação ficaram devendo-lhe favores sem conta e dele se lembram sempre com profunda gratidão. Todos evocam seu nome com respeitoso carinho. Foi um formador sacerdotal de valor distinto.
Também a Cidade de Mariana o tem em elevado conceito: foi ele ali emérito educador. A juventude masculina de Mariana não tinha condição de estudos depois dos iniciais em grupos escolares. Padre Avelar aceitou o desafio de abrir-lhe uma escola gratuita de nível ginasial, da rede CNEC (CAMPANHA NACIONAL DE ESTUDOS DA COMUNIDADE), funcionando primeiramente em prédio emprestado e depois em sede própria, edificada em dois andares, que ele construiu em local central, arrostando graves estorvos e pesadas dificuldades.
[...] Homem totalmente devotado a Deus, todo o seu tempo era para o serviço divino: não se permitia o gozo de descanso ou de férias. Sua vida foi uma lição eloquente de trabalho e oração. Não sabia negar ajuda. Foi padre de forma plena, sem esmorecimento, com generosidade, com ousadia! O seu apostolado honrou sobremaneira a Arquidiocese e o Clero de Mariana.


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